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Jogos digitais como perspectiva de aprendizagem


Olá internautas!

No post de hoje vamos abordar a temática “jogos digitais na educação”, mas, a priori gostaria de começar este post fazendo referências aos meus amigos Sara Egito e Maviael pela partilha de conhecimentos acerca da temática, apresentada em sala de aula conosco.
            Bem, sou adepto de jogos desde a infância, tendo praticado brincadeiras, jogos e games, que só pude diferenciar quando me tornei educador e aprendi que entre estes termos (brincar e jogar) existe diferença, inclusive de memória afetiva, pois em minha época de infância, tudo era brincadeira/aventura. Mas deixemos esse assunto de lado, pois eu não quero revelar a minha idade...
Quem nunca ouviu a mamãe dizer: “menino, larga esse videogame e vem dormir!” Ou “Você está de castigo e ficará sem videogame por uma semana!”?  Na obra de Prensky (2010), de título “Não me atrapalhe, mãe – estou aprendendo!”, o autor faz referência a como os videogames permitem à criança uma aprendizagem significativa (aprender acessando, estando imerso) e evolutiva (press start, conhecimento acionável), trazendo a cooperação e a colaboração como perspectiva de aprendizagem por meio de jogos digitais em contextos educacionais.
            Nesse sentido, Prensky (2012) afirma que a aprendizagem baseada em jogos digitais é um processo interativo, no qual o sujeito deve se envolver para descobrir os caminhos assertivos de chegada ao objetivo final, promovendo a fusão entre conteúdo educacional e jogos on-line. Prensky (2012) acresce que o jogo digital também possibilita:
  • ·         A aprendizagem, sendo o jogo uma perspectiva;
  • ·         Os processos interativos como forma de empregar diferentes contextos educacionais;
  • ·         A união entre aprendizagem e processos interativos como resultado.

Gross (2003) contribui que os jogos possibilitam efeito motivacional, visando facilitar o aprendizado, além de permitir que o sujeito desenvolva habilidades e competências (aprendizado por descoberta), experiência com novas identidades (diversidade e socialização) e comportamento expert (criação de estratégias de ganhos e descobertas), o que em tese, é promover uma ampliação entre espaço e tempo, uma vez que o estudante ao jogar faz interação com tecnologias e aprende jogando (RAMOS e MARTINS, 2019).
Em uma conversa amistosa sobre “games”, entre mim e minha mãe, que me viu lendo Marc Prensky no café da manhã de hoje, percebi que alguns resultados são bastante significativos... Segundo ela, para que o sujeito venha a aprender com jogos, dependerá muito da proposta pedagógica que esse jogo traz, ou seja, encontrar no jogo a quantidade de possibilidades que ele oferece para que o sujeito aprenda (CORREIA, Maceió. 2019).
Outro ponto que destacamos foi o número de palavras em inglês que aprendi jogando e que depois socializei como vivências materiais, isso nos fez recordar várias cenas de traquinagem que executei quando criança, uma delas se deu quando quebrei um saleiro de porcelana persa dando um “kamehameha” e coleio com durapox (cola industrial) na esperança de que aquilo nunca fosse descoberto, pena que minha mãe descobriu e segundo ela, ao me questionar sobre o que tinha ocorrido, eu a respondi: oh oh! Game over.
O jogo desperta a nossa memória afetiva, traz ludicidade, quem joga Mário, Uno e outros tantos físicos ou digitais, nunca se esquece, imagine aprender jogando?

Game over, internautas!
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REFERÊNCIAS:

GROS, B. The impact of digital games in education. First Monday, v. 8, n. 7, jul. 2003./ CINTED-UFRGS Novas Tecnologias na Educação V. 6 Nº 2, Dezembro 2008.

PRENSKY, M. Aprendizagem baseada em jogos digitais. São Paulo: Editora Senac, 2012.

PRENSKY, M. Não me atrapalhe, mãe – estou aprendendo: como os videogames estão preparando nossos filhos para o sucesso no século XXI – e como você pode ajudar! Tradução: Lívia Brego. São Paulo: Phorte, 2010.

RAMOS, D.; MARTINS, P. Jogos digitais em contextos educacionais e as inteligências múltiplas: aproximações e contribuições à aprendizagem. Research, Society and Development, v. 7, n. 5, p. 01-17, 2018. Disponível em: <https://rsd.unifei.edu.br/index.php/rsd/article/view/318/272>. Acesso em 02 de nov. 2019.

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