Oi gente, tudo bem por
aqui?
Essa
semana vamos descobrir o que são e para que servem os Laboratórios Virtuais de
Aprendizagem (LVA), como perspectiva para a aprendizagem formal. Nesse
sentindo, conduzi a pesquisa em: Amaral et al (2011), que classifica a
interatividade presente nos LVA, a partir da sua utilização prática; Pinheiro et
al (2015), que dialoga a respeito dos software de simulação;
Pimentel (2010), que apresenta os desafios da tutoria via interação on-line; Silva
e Mercado (2019) que detalham um experimento com objetos de aprendizagem em
experimentação em física.
Inicialmente,
gostaria de dizer que a Emanuelly é o presentinho da vez, pois na semana
passada ela nos apresentou o caso da professora Clara, que durante a sua
formação em Física, participou de várias intervenções pedagógicas durante o Estágio
Supervisionado, utilizando o software de simulação Phet, para substituir
atividades experimentais presenciais. Quando Clara passa a atuar como docente,
tenta implementar a mesma metodologia com uma turma na qual leciona a matéria
de Física, mas encontra algumas barreiras sociais que a impede de inserir as
TDIC nas aulas, em sua totalidade.
Confesso
que durante essa semana, tentei analisar o caso de forma individual, fora do estado
de análise em grupo, mas em como eu resolveria o problema estando na pele de Clara.
Primeiramente, não aplicaria nenhuma atividade sem antes planejá-la, tendo em
vista que o planejamento é o eixo normatizador entre expectativa e realidade.
Segundo, para conduzir a temática, Clara precisaria se desprender da ideia de
que transmitir conteúdo garante a assimilação e a aprendizagem. A partir dessas
observações, acredito que será mais prático entender o conceito de LVA e a sua usabilidade
para simular aulas experimentais.
Conforme
Amaral et al (2011), LVA consiste em plataformas digitais que oferecem
suporte para a realização de experimentos sem necessariamente o usuário estar
presente em um determinado local, compensando a indisponibilidade de recursos
para experimentos, a ausência de usuários e até a mesmo a falta de interação
entre usuários. Para Silva e Mercado (2019), os objetos de aprendizagem
(entende-se LVA), possibilitam a prática da experimentação em Física,
classificando-a como propostas demonstrativas, comprobatórias ou
investigativas, favorecendo as estratégias pedagógicas tanto em contextos da
aprendizagem formal quanto em contextos on-line e híbridos.
Lendo
o ensaio de Pimentel (2010), fiquei curioso, no sentido de, por meio de sua
escrita responder a mim mesmo qual seria a diferença entre LVA e Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA)? Nesse sentido, destaco que em Pimentel (2010), o
AVA é uma interface constituída de ferramentas síncronas e assíncronas, capazes
de fornecer suporte para que usuários limitados espaço físico possam aprender a
distância, um exemplo dessas ferramentas é o fórum de discussões, presentes no
AVA para conduzir interações mútuas entre os usuários de um mesmo ambiente. Já o
LVA, segundo Pinheiro et al (2015), é um software de simulação
que pode ser utilizado em situações experimentais para explicar ou visualizar fenômenos
diversos de difícil compreensão ou mesmo resolver problemas estruturais, quando
o ambiente escolar não dispõe de um laboratório físico.
Podemos
dizer que ambos (AVA e LVA), proporcionam uma ambiência interativa e permissiva
a longas distâncias, o que facilita o compartilhamento de conteúdos e a
aprendizagem ubíqua, por meio da prática experimental e da ludicidade que
provoca o engajamento dos estudantes. Se incorporada em atividades expositivas
de aprendizagem formação, segundo Silva e Mercado (2019), Pinheiro et al
(2015) e Amaral et al (2011), os resultados serão bastante significativos.
Até
aqui o aporte teórico facilitou o nosso trajeto em compreender os conceitos
afirmativos de LVA e as suas implicações para a aprendizagem, no entanto, falar
em objetos de aprendizagem é depreender o universo cultural em que existe os
usuários de tecnologia, na aula anterior, Maviael, um colega de turma comentou
que nem sempre o sujeito portador de tecnologia é um sujeito livre para
portá-la, ele usou o exemplo de seus alunos da Educação de Jovens e Adultos
(EJA), que possuem smartphones, mas o medo da violência urbana os impede
de levar o aparelho para a escola. Geralmente quando ouço relatos como o do
Maviael eu me pergunto para quem eu estou pesquisando e o porquê de a ciência, tão permissiva quanto a sua
disponibilidade, ainda sofrer rupturas causais que já são resolvidos na
literatura, a exemplo da violência urbana, da corrupção e de tantos outros temas
já debatidos, discutidos, esquecidos e etc.
Sob
as implicação da prática experimental com a usabilidade de um LVA, percebo que
elas podem ser respondidas no cotidiano das escolas, por meio do planejamento
educacional, no sentido de perceber a realidade da sua instituição, a realidade
dos estudantes e qual o método que compete a sua integridade, autonomia e
criatividade, enquanto professor facilitador da aprendizagem, nesse movimento,
Padilha (2001, p.30) diz que:
A
ação de planejar é consecutivamente um processo de reflexão para tomada de
decisão sobre a ação. É um método de antevisão do uso de meios (materiais) e
recursos (humanos) disponíveis, visando à realização de escopos, em tempo
determinados e fases definidas, considerando os efeitos das avaliações.
Para
finalizar, expresso o meu respeito por todos os professores que conseguiram e
conseguem ultrapassar a barreira do tradicional para que seus alunos tenham uma
aprendizagem mais autônoma e significativa, entendendo o seu papel de professor
no século atual, no qual a cibercultura imbrica uma nova cultura de convergência,
mas acima de tudo por compreender que o professor não é aquele sujeito que só
ensina, mas também aquele que aprende.
Luz
e paz internautas!
Até
a próxima...
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REFERÊNCIAS
[Artigo] AMARAL, E. M.
H.; ÁVILA, B.; ZEDNIK, H.; TAROUCO, L. Laboratório Virtual de Aprendizagem: Uma
Proposta Taxonômica. Novas Tecnologias na Educação. Porto Alegre, v. 9,
nº 2, dez. 2011. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/renote/article/view/24821>.
Acesso em: 23 jan. 2020.
[Livro] PADILHA, R. P. Planejamento
dialógico: como construir o projeto políticopedagógico da escola. São
Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
[Ensaio] PIMENTEL,
Fernando S. C.. Interações no Ambiente virtual de Aprendizagem. EDaPECi,
Ano II, n. 5, ago. 2010. Disponível em: <http://treinamento.seer.ufs.br/index.php/edapeci/article/view/585>.
Acesso em: 24 Jan. 2020.
[Artigo] PINHEIRO, A. F.;
PESSOA JUNIOR, E. S.; ARAÚJO, M. D. Software de simulação: um recurso
facilitador no processo de ensino e aprendizagem de Química no Ensino Médio.
In: Congresso Nacional de Educação (EDUCERE), 12, 2015, Curitiba.
Disponível em:
<https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/16888_7936.pdf>. Acesso em: 24
jan. 2020.
[Ensaio] SILVA,
Ivanderson P.; MERCADO, Luis Paulo M.. Experimentação em física apoiada por
objetos de aprendizagem. ACTIO,
Curitiba, v. 4, n. 2, p. 71-86, mai./ago. 2019. Disponível em: <
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/9265/6422>. Acesso em: 26
jan. 2020.
Parabéns pelo texto. Muito bem referenciado, conseguiu fazer uma brilhante ligação das ideias dos autores, trazendo contextos do seu cotidiano e expressando suas colocações quanto ao tema. Superou minhas expectativas! Arrasou :)
ResponderExcluirBrigado! Achei legal também!!!
ExcluirOi Júlio, OVA e LVA são a mesma coisa?
ResponderExcluirAcredito que o LVA é um OVA!
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