Já faz um tempo que nos debruçamos a pesquisar sobre as evoluções tecnológicas e o seu fluxo na educação, a retórica é sempre indisciplinar, no sentido de que a tecnologia muitas vezes é inimiga do professor, que tomará seu lugar em sala de aula. No entanto, este pensamento é cultural, vem desde séculos passados com o "bumm" da Revolução Industrial e suas implicações para o trabalho na sociedade contemporânea, que cria o senso comum de que as tecnologias são controladoras da vida.
Nessa
perspectiva, é importante administrar os avanços tecnológicos e considerar o
papel da escola, do professor e dos estudantes nesse trato evolutivo,
"trato" porque tem que se desafiar, tem que buscar conhecer o novo,
como disse Mário Sério Cortella, em muitos dos congressos que já participei: a
antiguidade converte à modernidade, não é substituição de coisas velhas, mas
aprimoramento de coisas antigas em coisas novas, que se perpetuam com mais
frequência!
Segundo
Almeida e Silva (2011) as tecnologias são recursos facilitadores do fazer
pedagógico, num viés que permite conduzir uma educação libertadora aos
estudantes. Nesse sentido, a tecnologia em sala de aula deve promover a
democratização escolar, a formação em cidadania, a justiça social e a
transparência de metadados e informações pertinentes à vida em sociedade, logo,
as tecnologias são complementares, servem para nos conectar ao mundo e promover
a comunicação em massa.
Nesse
sentido, Almeida (2010) apresenta o webcurrículo, que compete ao processo de
ensino e aprendizagem com tecnologias, ou seja, tem como objetivo a
integralização das tecnologias com diversas áreas de domínio do conhecimento e
estabelecimento das conexões de liguagem e cibercultura na construção,
efetivação e execução de conteúdo (EGITO, 2019).
No
Youtube.com tem um vídeo muito interessante acerca da inserção do currículo na
cultura digital, nesse vídeo a profa. Elisabeth Almeida (2016) discute as
implicações das aprendizagens com tecnologias e levanta um debate muito
importante sobre o webcurrículo, no sentido que a escola não promove formação
em tecnologias, mas possibilita formar com tecnologias. Veja:
Interessante
né? Perceba que na fala da professora tecnologia o currículo é um instrumento
de perfilização da instituição escolar e deve incorporar as mudanças atuais
afim de objetificar a cibercultura, pois todos nós, sem exceção somos inseridos
no mundo digital.
Espero
vocês na discussão da próxima pauta, vamos tentar adiantar alguns assuntos mais
pontuais do dia a dia acadêmico até a próxima semana... Aguardo vocês por aqui!
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Referências
[Artigo] ALMEIDA, E; SILVA; M. Currículo, tecnologia e cultura
digital: espaços e tempos de web currículo. Revista e-curriculum, v. 7, n. 1,
2011.
[Artigo] ALMEIDA, M. E. B. Integração de currículo e
tecnologias: a emergência de web currículo. Endipe, Belo Horizonte, 2010.
Disponível em: <encurtador.com.br/mzLM7>. Acesso em: 17 de out. 2019.
[Blog] EGITO, S. A escola e web currículo. Blog [online], Maceió. Disponível em: <https://redegito.blogspot.com/2019/10/a-escola-e-web-curriculo.html>. Acesso em: 17 de out. 2019.
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